sábado, 28 de fevereiro de 2009

Se todos gostássemos do mesmo o que seria do amarelo?


J.M.G. Le Clézio "A Febre"

Ao que se consta, foi Nobel o ano passado. E eu era uma moça bem mais feliz se lhe desconhecesse a existência.
Das suas obras, li apenas uma, "A Febre"... e fico-me por aqui!
Uma obra existêncialista segundo dizem... ó Vergílio Ferreira! não mais desdenho do teu existêncialismo! Após ler isto compreendo o teu génio e te dou o teu valor!
A minha visão da obra (mas eu sou nada, portanto os acérrimos defensores de Le Clézio que por acidente lerem este comentário, escusam de elaborar ofensivas missivas à minha pessoa, porque vou literalmente cagar para elas) resume-se assim:
Estão a ver o Trainspotting do hilariantemente azedo Irvine Welsh? Só o título já nos dá uma ideia do assunto do livro: drogas, tripes e pancas valentes. Ele descreve o mundo da droga de uma forma no mínimo original, na minha opinião.
Agora a febre: imaginem que mandam umas merdas alucinogénicas valentes e descrevem essa tripe. Mas de uma forma absolutamente deprimente, que parece que lemos "a correr" onde reina a estupidez humana. A depressão é tão marcada que quando li aquilo só me deu vontade de vomitar.

Agora me lembro porque não me meti na droga.Irra!
Se quiserem experimentar tenho o livro para vos emprestar:P

sábado, 24 de janeiro de 2009

Who wants to be a teenager forever? I do..


"Em três pontos, eu estava absolutamente segura. Em 1º lugar, Edward era um vamipro. Em 2º lugar, uma parte dele - e eu não sabia qual era o poder dessa parte - ansiava pelo meu sangue. Por fim, em 3º lugar, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele."


É assim a contracapa da mais recente loucura literária em Portugal e pelo visto um pouco por todo mundo.. uma quadriologia cheia de fantasia, vampiros e amores à Romeu e Julieta. Bem.. eu também entrei na loucura e li os 2 primeiros livros em 4 dias.. cerca d 1000 páginas.. não consegui parar de ler.. e para meu grande desgosto o 3º livro está esgotadissimo em todo o lado.. E acreditem que o procurei.. EH EH! A escrita é simples.. muito fácil de ler.. e a história é deveras empolgante.. mas também não fosse eu uma fã de histórias de fantasia! E além disso.. quem não queria ser jovem para sempre? Ou voltar a ter 17 anos?

Uns livrinhos interessantes.. recomendo fortemente!


So.. Who wants to be a teenager forever? I do..

domingo, 11 de janeiro de 2009

A cidade proibida


Heinrich Harrer(1912-2006) é um austríaco  que ficou mundialmente conhecido por, em 1946, conseguir chegar à cidade proibida de Lhassa, no Tibete. Assim denominada por ser extremamente difícil de lá entrar na altura. Heinrich conseguiu e por lá ficou 7 anos conseguindo um feito ainda mais extraordinário, foi tutor do então adolescente Dalai Lama.
No seu livro "sete anos no tibete" Harrer descreve-nos as suas aventuras desde que fugiu do cativeiro na Índia até à aventureira chegada a Lhassa.Termina a aventura quando se vê forçado a abandonar o Tibete devido às invasões da china comunista.
É mais um daqueles livros que se lêm num ápice, principalmente por sabermos que o que nos é narrado realmente aconteceu. Ao imaginar-mos as condições climatéricas a que ficou submetido na sua longa fuga, até temos um arrepio de frio! Acho que não morreu porque era atleta olímpico e sabia como sobreviver em situações extremas.
Quando chega a Lhassa, uma outra história nos é descrita. Descreve lindamente o povo tibetano, os seus costumes, crenças, bons valores e ética. Uma história fantástica, de um povo maravilhoso. Ao contrário da maioria dos livros, quando chegamos ao fim deste não queremos ler mais.
Isto porque o terminamos com um nó na garganta ao pensar que as invasões dos comunistas foram também realidade, assim como a carnificina sem motivo de um povo que apenas queria viver na sua simplicidade e ter a sua liberdade. É ainda mais triste saber que de todas as maldades que a peste amarela (vulgo china) provocou, o Dalai Lama nas suas duas últimas visitas a Portugal não foi oficialmente recebido pelos nossos chefes de estado.